No coração, capital do amor,
eis que surjo como um aceso balão
em noite de São João no interior.
Sobe, sobe alto meu balão!
Livra dos véus este devaneio,
passeio de recordação.
Sobe até os lábios seus esta euforia
do que seria se então
caísses nos braços meus.
Meu glorioso senso de vibrante,
de inesquecível paixão!
Quero ver-te em brasa permanente,
insensato desrespeito à ilusão,
como se diário fosse em peito
o dia da emoção.
Oldair Marques