terça-feira, 11 de outubro de 2011

Viajante



Andei e,
até ontem,
tudo que vi 
não me impediu 
de continuar. 
E ando, então, até aqui.

Andei
até hoje, 
e tudo que senti 
nem suficiente é 
por tudo que pressenti.

E penso andar ainda.
E nem sei do porto.

Andarei assim 
até que não me comporte mais
o quadrante.

Serei, como então, 
andante, 
que lança versos grátis 
no mercado ambulante.
Um certo camelô 
que foge do rapa, 
mesmo dando amor.

Andando nesta viagem 
Passageira, 
Viajante é o que sou.

Oldair Marques

4 comentários:

  1. Leio ,e quanto mais leio te admiro,DADAI.
    Este poema é lindo.
    Afinal somos todos viajantes ou somos somente passageiros nos seu versos.

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  2. Dai, eu sou seguidora fiel.
    Gosto e curto a sua poesia. Excelente, qualidade literária.
    Sò não podemos esconder o que sentimos.
    Um bj doce,
    Olvanir Marques

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  3. Dadai, adorei esse poema. Palavras magicas sem duvida:quantidades de beleza e angustia que a min pareceram adequadas.Beijos,Olziel

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  4. Linda poesia querida!! Parabéns!! Saudades.. Thainara

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