É dia de festa no vizinho.
Festa oficial.
Cerimonial de balões,
de canções, de festival.
É dia de festa,
de orações,
de exaltações.
Missa, alvíssaras.
Dia de ternos corações.
É dia de festa no vizinho
que festeja, sozinho,
em multidões
de coloridos balões,
que aos céus sobem
galardões.
É dia de festa no vizinho,
de alegria.
E vejo subir, imponentes,
balões de tanta gente...
Aqui, tão coloridos!
Lá em cima, transparentes.
E espiando a ação de graças
da folia, vejo agora, tão alto,
um só balão
sem o colorido dos balões
que eu pensei que via.
Um só balão, de tantos,
procurando seu infinito
no limite da minha poesia.
Oldair Marques