segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nosso time



Minhas vestes?
Rubro-negra.
As tuas,
branca e preta.

Enquanto vibro de alegria,
tu choras.
E, embora sem destreza,
tocas tua corneta
no dia da minha tristeza.

De brincadeira em brincadeira,
os dias passam amenos.
E o melhor de tudo
nessa lida
é vestirmos, ambos,
nossa mais fiel bandeira.
E comemorarmos juntos
a vida,
à brasileira.

Oldair Marques



domingo, 13 de novembro de 2011

Em tempo de viver





Em tempo de viver

Ainda que pareça tarde,
é cedo para começar
em tempo de amar.

Ainda que pareça cedo,
é tarde para consertar
em tempo de recomeçar.

Ainda que pareça impróprio, 
é impróprio assim pensar
em tempo de se dar.

Ainda que pareça em vão,
é mediocridade parar
em tempo de continuar.

Ainda que pareça impossível, 
que o caminho se insinue
longe e indefinido,
não é nobre deter a esperança,
a fantasia,
o sonho desta poesia
Em tempo de viver.

Oldair Marques

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Viajante



Andei e,
até ontem,
tudo que vi 
não me impediu 
de continuar. 
E ando, então, até aqui.

Andei
até hoje, 
e tudo que senti 
nem suficiente é 
por tudo que pressenti.

E penso andar ainda.
E nem sei do porto.

Andarei assim 
até que não me comporte mais
o quadrante.

Serei, como então, 
andante, 
que lança versos grátis 
no mercado ambulante.
Um certo camelô 
que foge do rapa, 
mesmo dando amor.

Andando nesta viagem 
Passageira, 
Viajante é o que sou.

Oldair Marques

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